nesse grito escrito, desaflijo.
escrevo e olho
mesmo não estando.
nesse grito escrito clamo asas
ou tempos
- eu em pés de mim mesmo não estou bastando.
à janela acesa de um museu meu olhar dirijo e vejo dois morcegos rangerem um vôo manso
enquanto a flauta que escuto desafina.
da janela apagada na janela acesa
caminho parado
lembrando da boca úmida que água a minha
dos olhos doces nos quais sou menina.
(junho de 2008)
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