sábado, 9 de agosto de 2008

TURBULÊNCIA

eis-me aqui
tal
qual
não deveria.

as espadas repousando nas carraras frias
odiando o próprio ódio.

atento às faces obscuras
de um prazer insipto
sigo descendo
áspero
minha própria garganta.

meu vício
em minhas palávras:
tendões tremulam em tinta.

o pobre mapa desdefine o objeto-caminho
pois seu papel é bom apenas para a tristeza.

às águas da Guanabara
lanço palavreados
quais balas.

os pensamentos, lâminas,
me cortam a glote.
choro e sangro à inocencia
estupido
da minha nova morte.

(6/10 de agosto de 2008)

domingo, 3 de agosto de 2008

SAUDADE

saudade é um sopro









pra dentro
(maio/julho de 2008)